Um roteiro incrível pelo norte de Ilhabela
Cachoeira com ducha natural, praias ideais para velejar, um banquete pé na areia. Confira o que fazer de carro nesse pedaço norte de Ilhabela
É na saída da balsa que a dúvida começa: virar à esquerda e curtir o norte de Ilhabela ou dobrar à direita e conhecer as praias do sul da ilha? Uma única estrada faz a ligação dos dois extremos da cidade conhecida como a Capital da Vela. De ponta a ponta, o percurso leva mais de uma hora – a ilha não é só bela, mas também grande – passando por praias quase desertas, áreas badaladas, mirantes e acesso a cachoeiras.
Se no norte a Praia da Armação é o point pra quem pratica esporte de vela, o sul tem o seu paraíso para mergulhadores, o santuário da Ilha das Cabras, na Praia das Pedras Miúdas. Se no norte as praias ficam perto do agito do Centro Histórico, no sul a badalada Praia do Curral não fica atrás. Então, afinal, pra que lado virar o carro? Para ajudar você a decidir esse dilema, a gente montou dois roteiros: um para o norte e outro para o sul de Ilhabela. Neste post, vamos falar sobre…
O que fazer no norte de Ilhabela?
Comece o dia indo lá para cima, na pontinha da ilha, na Praia do Jabaquara, a última com acesso de carro. Depois da tradicional parada no mirante para foto, curta esta que é considerada uma das praias mais bonitas daqui. Preservada, cheia de árvore em volta e cortada por riachos, você vai se sentir num ambiente selvagem. Achou lindo? O duro é que os borrachudos também acham. Mas é só se lambuzar de repelente para dar um chega pra lá no bichinho (veja aqui um post que fizemos sobre como se livrar dele).
Como a água é calma e transparente, volta e meia tem gente pescando e fazendo caça submarina por lá. Se for dar uma esticada até a tarde na praia, o Restaurante Canto do Jabaquara tem almoço à beira-mar, com peixes, porções e saladas, num ambiente com decoração rústica.
Se preferir dar um segundo mergulho num outro lugar, retorne no sentido do sul e pare na Praia de Pacuíba. Para botar o pé na areia, é preciso pegar uns 5 minutos de trilha estreita a partir de uma estrada de terra. O visual compensa: uma praia deserta, cheia de peixe (ideal para o mergulho livre) e um monte de “guarda-sol” natural.
Talvez a fome bata a essa altura. A sugestão é fazer um pit stop na Praia da Armação e almoçar no Vila Salga. No cardápio, ingredientes naturais, a maioria deles, orgânicos. Muito peixe e frutos do mar fresquinhos. Dá pra fazer a digestão na praia mesmo, observando a galera que pratica windsurfe e kitesurfe (tem uma escola náutica ali) ou ir pra praia vizinha, a do Pinto, onde dá pra chegar a pé mesmo, por uma calçada que faz a ligação com a Armação. A areia é branca e fininha, e a sombra das copas das árvores, um convite pra relaxar.
Terminada a siesta, pé na areia, ou melhor, na mata. Que tal encarar uma trilha pra tomar banho de cachoeira e recarregar as energias? A partir da Praia do Viana, tem um caminho para a Cachoeira do Couro do Boi, cheia de degraus por onde escorre água cristalina, ideal para uma sessão de hidromassagem. Se tiver pique, dá para emendar mais uma trilha e seguir para a Cachoeira da Friagem, ali perto, com uma queda que forma uma ducha natural. O caminho para elas pode ser um pouco confuso e escorregadio, por isso é bom contratar um guia. Só fique esperto com o relógio porque a caminhada pode levar umas 3 horas.
No fim da tarde, a boa é seguir para o Centro Histórico, apelidado de Vila pelos locais. É onde estão os bares, cafés, restaurantes, lojas e é o ponto de desembarque dos cruzeiros que lotam a ilha no verão. Destino certo pra quem quer relaxar tomando um gelato de verdade é a Gelateria Tradizionale, com quase 40 sabores de sorvetes tão cremosos que vão fazer você se sentir na Itália.
Antes de fechar o dia em grande estilo, volte para o hotel para tomar aquele banho. O norte da ilha tem vários tipos de hospedagens. Pertinho da Vila está o Hotel Ilhabela, bem de frente para a Praia do Saco da Capela. Sabe o que isso significa, né? Acordar olhando para o mar com um monte de veleiros ancorados.
Banho tomado, a sugestão é voltar para a Vila e jantar no Manjericão. Com sabor caseiro, o restaurante traz no cardápio pratos contemporâneos, num espaço rodeado por muito verde. Para os baladeiros de plantão, o Estaleiro Bar tem música ao vivo com bandas que tocam desde rock’n’roll, até samba e jazz. De quarta-feira, tem forró!
O norte da ilha é assim: um paraíso natural, com atrações para todos os gostos e piques.