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Congada de São Benedito

De acentuada aculturação africana bantú, a congada de Ilhabela é realizada em maio, na festa de São Benedito. Não tem data fixa, pois depende do claro (Lua Cheia) para que os pescadores dela participem. A congada começa na 6ª feira com levantamento dos mastros em frente à Igreja Matriz e é dançada no sábado e domingo, o dia inteiro, pelas ruas do Centro da Cidade. Divide-se em três partes ou “bailes”e o texto foi transmitido, oralmente, de pai para filho. É uma luta entre mouros (vermelho) e cristão (azul) ou entre pai (Rei) e o filho (Embaixador). Os principais figurantes dessa manifestação de teatro folclórico são: O Rei, figura central; a Rainha, renovada todos os anos e que tenha idade de 12 a 14 anos; Fidalgos do Rei ou Congos de cima com roupa azul compreendendo o Príncipe, Secretário , Cacique e os Congos do Embaixador ou Congos de Baixo, vestidos na roupa rosa com seu Embaixador (chapéu vermelho), Cacique e Dois Guias. Durante a festa funciona a “Ucharia”, lugar onde comem os congos e seus convidados. No quintal são montados os fogões “tacuruba” sobre três pedras. Todos os que aí trabalham, o fazem por promessa a São Benedito. Os três instrumentos usados na congada são originados do artesanato folclórico: a marimba e os dois atabaques ou tambores, como dizem os caiçaras. A marimba, de seis teclas de madeira é encontrada, atualmente, só em Ilhabela. Os atabaques feitos de tronco, numa só peça são usados um na função de surdo e o outro no repique.

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