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Gary Brown no Ilhabela in Jazz (foto: Fábio Kafka)

llhabela em ritmo de jazz

Metais, percussão e uma mistura de ritmos tomaram conta da cidade nos três dias do festival Ilhabela in Jazz, surpreendendo moradores e turistas

Gary Brown no Ilhabela in Jazz (foto: Fábio Kafka)

Difundir o jazz e levar ao público os melhores artistas nacionais e internacionais do gênero. Essa é a proposta do Festival Internacional de Jazz de Ilhabela que, em seu segundo ano, veio mais forte do que nunca, com o nome de Ilhabela in Jazz. Com nove atrações distribuídas em três dias de evento, o festival foi sucesso de público e arrancou elogios de moradores e turistas que estiveram em Ilhabela de 10 a 12 de julho.

Com uma super estrutura montada na Vila, a organização criou um ambiente confortável e intimista para que o público – estimado em um total de 6 mil pessoas – pudesse curtir as quase 6 horas de shows em cada noite. Na quinta-feira, nem a chuva atrapalhou a animação das 1500 pessoas que compareceram ao evento. O Grupo Pau Brasil foi o primeiro a se apresentar, com seu repertório instrumental tipicamente brasileiro, com influência de diversos estilos musicais. Com mais de 30 anos de estrada, os músicos já fizeram turnês pelos Estados Unidos, Japão e Europa, e para a alegria do público, apresentou canções inéditas, em primeira mão, aqui no Ilhabela in Jazz. A primeira noite contou, ainda, com a apresentação do percussionista Naná Vasconcelos, ganhador de oito prêmios Grammy, que teve a companhia de Lui Coimbra, na voz e violoncelo. Para completar a noite, o saxofonista, flautista e clarinetista norte-americano James Carter conseguiu espantar a chuva e empolgar a plateia.

A segunda e terceira noites foram ainda mais animadas. Sem chuva, o públicou lotou as cadeiras e mesas em todo o salão, e os que chegaram mais tarde criaram um outro ambiente, tomando a rua do lado de fora da estrutura. E foi em clima de uma grande festa que aconteceram os shows do Trio Curupira, Banda Mantiqueira, da cubana Yusa e Ulisses Rocha Trio. Entre as atrações mais esperadas do festival este ano, estava Gary Brown (foto). O saxofonista de New Orleans e sua banda animadíssima colocaram o público de Ilhabela para cantar e dançar, com grandes sucessos do cinema e da música atual, além de interpretações de canções brasileiras como “Palco”, de Djavan, e “Papel Machê”, de João Bosco. Para fechar a noite e o festival, subiu ao palco a big band Funk Como Le Gusta, com seu completo time de metais e percussão.

Cada vez melhor

Para a Articular, empresa responsável pela produção cultural do evento, a transição de 2013 para 2014 não foi fácil. Houve mudanças nos patrocínios e na estrutura do festival, o que acarretou na mudança inclusive do nome do evento, mas o apoio dos novos patrocinadores, Caixa Econômica Federal e Transpetro, foi decisivo para reforçar e consolidar o festival. “O nome do festival tinha que ter Ilhabela, porque o público de Ilhabela tem tudo a ver com o jazz, o turista e o morador têm essa cara, é um lugar que tem uma sintonia muito grande com esse estilo. Além disso, não conheço prefeitura melhor para se trabalhar que a daqui, que amou o primeiro e o segundo projeto e certamente continuará nos apoiando nos próximos anos”, explica Sebastian Folledo, sócio da Articular. Ele conta que a curadoria é de Paulo Braga, que é o responsável pela seleção dos músicos para o evento, e a programação de cada dia é cuidadosamente pensada para que tenha um ritmo crescente, começando mais leve e terminando com energia total junto com a plateia.

Para Harry Finger, secretário de Turismo de Ilhabela, a segunda edição do Festival Internacional de Jazz de Ilhabela superou as expectativas, pois atraiu diversos turistas que vieram especialmente o Festival. “A hotelaria se envolveu também fazendo boas promoções e ações que culminaram, inclusive, com o transfer de turistas dos hotéis participantes até a Vila e retorno aos hotéis. As apresentações foram impecáveis e a aprovação de todos nos dá a segurança de que em 2015 possamos ter uma bela terceira edição do Festival”, ressalta.

No próximo ano, o evento está previsto para os dias 4, 5 e 6 de setembro, e a produção garante que vem novidade por aí! “A ideia é que nosso festival ocorra em data diferente de outros festivais internacionais de jazz (que também acontecem em julho), para que possamos trazer grandes nomes estrangeiros da música. Em termos de estrutura, deve ser parecido com o evento deste ano, mas com novidades, talvez algo maior, e com outros atrativos que irão depender dos patrocinadores, por isso não podemos contar ainda”, adianta Sebastian. Embora ainda tenha mais de um ano pela frente, pelo que vimos em 2014, certamente podemos esperar mais um festival imperdível para 2015.

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