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Flotilha de C30 no Rio de Janeiro (Ateliê Fred Hoffmann)

Regata Volta à Ilhabela celebra o final da temporada 2024 de Vela em Ilhabela

Desafiadora prova de 50 milhas (90 km) conclui a 24ª Copa Mitsubishi de Vela Oceânica; novidade será o Desfile de Barcos às 10h30 no Píer da Vila, antes da largada

Este vai ser um fim de semana festivo, competitivo e de confraternização para a vela oceânica em Ilhabela. A Copa Mitsubishi – Circuito Ilhabela de Vela Oceânica chega à quarta etapa, última do ano, com a Regata Volta à Ilha neste sábado (30/11) na Capital Nacional da Vela. A principal novidade deste ano será o Desfile de Barcos, similar ao que acontece na Semana Internacional de Vela, onde os 40 veleiros inscritos irão passar em frente ao Píer da Vila, proporcionando um belo espetáculo ao público no Centro Histórico às 10h30, antes da largada prevista às 11h30.

Desfile de Barcos Semana de Vela Oceânica de Ilhabela - Julho em Ilhabela

Desfile dos barcos na Semana de Vela de Ilhabela (Foto: Marco Yamin)

Classe C30 espera decisão emocionante

A disputa final do Circuito Ilhabela de Vela Oceânica em 2024 promete ser emocionante e equilibrada, especialmente na Classe C30. Após 22 regatas, com cinco descartes, o Relaxa Building, do Yacht Club Ilhabela (YCI) lidera a competição com 33 pontos perdidos, dois a menos do que o Bravo, do Iate Clube de Santos (ICS), vencedor da Volta à Ilha em 2023. O Tonka (YCI), atual campeão Brasileiro e da Semana de Vela, é o terceiro com 46 pontos, à frente do Kaikias EMS (YCI) com 47. O campeão da Copa Mitsubishi de 2023, Caiçara KAT Technologies Pindá Iate Clube (PIC) e vencedor da terceira etapa deste ano, soma 51 pontos.

O comandante do Bravo, Jorge Berdasco, recorda-se das dificuldades para cruzar a linha de chegada em 2023 após 9h20 de navegação. “A regata do ano passado começou com um ventinho fraco e depois entrou muita chuva. O que nos ajudou, é que conseguimos largar bem posicionados e abrimos boa distância em relação ao Tonka e ao Caiçara. Na altura da Ponta do Boi (sudeste de Ilhabela) ficamos literalmente parados em um buraco de vento e os demais barcos nos ultrapassaram. Já no finalzinho, mesmo nos arrastando e trocando seguidamente de posições, conseguimos cruzar em primeiro, alguns minutos à frente do Tonka”.

Relaxa Building
(Aline Bassi/Balaio de Ideias)

Relaxa Building
(Aline Bassi/Balaio de Ideias)

“Foi uma regata difícil, muito técnica pela inconstância do vento. Obtivemos um resultado muito bom graças ao esforço da tripulação. Para este ano, com certeza encontraremos condições adversas, como sempre. Em algum ponto da Volta à Ilha não deverá ter vento. O que esperamos é velejar bem novamente para, quem sabe, repetirmos o resultado de 2023. Vamos para cima”, assegura Berdasco.

A tripulação do Tonka vem motivada pelo título brasileiro da Classe C30 conquistado no Rio de Janeiro no início do mês. O barco de Ilhabela, do comandante Demian Pons, conta com o talento do bicampeão olímpico Robert Scheidt e tem entre os tripulantes o experiente Geison Mendes. “Vamos encarar o ano como uma regata mais festiva, após uma temporada vitoriosa. Queremos curtir a velejada. Teremos inclusive uma tripulação mais light. Vai ser bem divertido. Esse é o nosso objetivo”, afirma Geison.

Regata Volta à Ilha

A Regata Volta à Ilha, prova em homenagem a Sir Peter Blake, teve início em 2001, ano em que o navegador e ambientalista visitou o YCI com o veleiro Seamaster, barco laboratório no qual desenvolvia a campanha Blake Expeditions, para alertar a população mundial sobre a contaminação das águas dos mares e rios do planeta. Após passar por Ilhabela, subindo a costa brasileira, Blake foi assassinado em seu próprio barco por piratas no Amapá, logo em seguida, em dezembro. Como velejador, foi bicampeão da America’s Cup em 1995 e 2000 e venceu a Withbread Volta ao Mundo 1989/90, além de outras quatro participações.

Peter Blake é recebido em 2001 no YCI pelo comodoro Ivan Lopes
(Edu Grigaitiis/Balaio de Ideias)

Peter Blake é recebido em 2001 no YCI pelo comodoro Ivan Lopes
(Edu Grigaitiis/Balaio de Ideias)

Com cerca de 50 milhas (aproximadamente 90 km), a Volta à Ilha é uma regata diferenciada em relação às tradicionais barla-sota (entre duas boias) e de médio percurso, disputadas no Canal de São Sebastião. Exige cuidados extras da tripulação em relação à manutenção dos equipamentos de bordo e provimentos. Pode tornar-se ainda mais desafiadora sob ventos fortes e contrários ou durar muitas horas em caso de calmaria. O recorde pertence ao Montecristo, de Ubatuba, estabelecido em 2014 com 6h05m12 após percorrer 47 milhas.

A Volta à Ilha tem largada prevista às 11h30 e o horário limite para as embarcações completarem a prova é às 11h de domingo (1º/12). A Comissão de Regatas (CR) definirá se o percurso será por bombordo ou boreste, de acordo com o vento. Além da C30, participam as classes ORC, BRA-RGS A e B, Clássicos e RGS Cruiser. As classes HPE 25 e BRA-RGS C correm a prova Ilha de Toque-Toque, em homenagem ao Dia do Marinheiro. A previsão indica ventos fracos, em torno de 10 nós, variando de oeste a sudoeste a partir das 11h de sábado.

Flotilha nacional da Classe C30

01 – Tonka – Demian Pons – Yacht Club Ilhabela (YCI)
02 – Kairós – Sophia Setti – MCP Yachts – Guarujá
03 – Kaikias EMS – Hilsdorf/Aurichio – Yacht Club Ilhabela (YCI)
04 – Bravo – Jorge Berdasco – ICS
05 – Relaxa Building – Tomás Mangabeira – YCI
06 – Loyalty – Alex Leal – Veleiros do Sul/Iate C.R.Janeiro (VDS/ICRJ)
07 – Katana Portobello – C. Gomes Neto – Iate Clube S.Catarina (ICSC)
08 – Zeus Team – Inácio Vandresen – ICSC
09 – Caiçara KAT Technologies – M. Cesar – Pindá Iate Clube (PIC)

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